31 de outubro de 2009

Boa Viagem!


. meia colorida - Amanda Machado


Quando eu me preparo para viajar, sinto uma coisa muito estranha, boa, mas estranha. Acho que todos nós sentimos a mesma coisa, aquela sensação de pré-viagem, de preparação, regada de ansiedade.

Seja longa ou curta, para uma outra cidade, estado ou país, que dura uma semana, um mês ou até mesmo um ano, seja de carro, ônibus, avião ou até mesmo navio, a sensação de pré-viagem é a mesma.

Na semana anterior a viagem, começamos a sentir o medo de esquecer alguma coisa, de se atrasar, e quando chega o dia, acordamos com uma vontade de pular, dançar, cantar, levantamos da cama com uma agitação contente e descontrolada. Vamos ao trabalho, a escola ou ao compromisso do dia-a-dia e declaramos para o primeiro que chega a nos cumprimentar, para onde, quando e como vamos viajar. Arrumamos modo de aplicar a desculpa da viagem para todos os compromissos que aparecem. Saímos de volta à casa na correria, e ao abrir a porta de casa, pegamos as malas, esperamos o horário certo de sair de casa e vamos!

O bom de viajar é que durante o período que passamos dentro do meio de transporte pensamos, e pensamos muito. Funciona como uma meditação, repomos nossas energias, conseguimos entender tudo que tem passado, resolvemos os desentendimentos pessoais, aquelas pequenas dúvidas, nossas inseguranças, conseguimos deixar de lado tudo que nos incomodava e ficamos zerados, com novos focos e determinados a sermos pessoas diferentes.

E ai então chegamos ao destino da viagem. E começamos a colocar nossas novas decisões em prática. Mas quando nos damos conta, já estamos repetindo todos os nosso "erros" e não estamos seguindo mais nossas regrinhas.

Voltamos para casa pensando no que fizemos na viagem, o que falamos de errado, o abandono de foco e determinação para mudar, a dor de cabeça que te lembra a todo momento que você bebeu demais, e a falta de dinheiro na carteira te lembrando que você gastou demais. E as lembranças? Te deixando louca por você não ter o número do telefone do cara da festa. Qual era o nome dele mesmo? A dor de cabeça não te permite lembrar.


PS: Estou em Minas Gerais. E boa parte do que eu disse são experiências minhas, algumas nem tão minhas!
25 de outubro de 2009

Vida de novela




. meia colorida - Amanda Machado

Era uma visão. Só podia ser uma visão. Era engraçado e ao mesmo tempo se tornava patético. A cena era patética. O olhar daqueles dois era mais que patético. Deixava claro o quanto eles não sabiam o que estavam fazendo ali. O ambiente carregado de desilusão, e a voz de quem falava tinha um tom sério e intimidado. Eles já se conheciam, já viveram mil momentos juntos, já se amaram loucamente, e agora se encontram e aquele sorriso envergonhado aparece.
Não sentiam que o que faltava era o sorriso verdadeiro, sequer notaram os olhares, olhavam mais para os pés uns dos outros do que para o rosto. Com mais de três anos de convivência, ele não sabe o poder do sorriso daquela mocinha. Não sabe o quanto ela cativa com os sorrisos. E ela nunca notou a força dele, a garra, o quanto de determinação compõe aquele ser. E ai, eu me pergunto: Onde está a afinação?
Será mesmo que eles um dia conheceram um ao outro? Creio que o que conheceram foi a imagem, que seduz, mas não mantêm admiração. O que eles conheceram, foi o papel deles no palco da vida, o que cada um fazia no dia-a-dia. Nunca chegaram a falar sobre o passado, sobre os antigos amigos, rivalidades e grandes atuações.
Uma dupla gentil se olhada por fora, mas se estudada a fundo, eles não passavam de dois, um e um, somados. Não eram o dobro, suplementares ou complementares, sequer eram sinônimos, e o que aparentava, até hoje ninguém sabe dizer. Se nota em tal momento o motivo de tanta normalidade quando o fim chegou perto demais para dizer não.
E se o momento não era propício, deram um jeito, inventaram maneiras novas para desentendimentos antigos, montaram um esquema, cada um o seu, promovendo o grande final, dois atores amadores, inventando um novo final "infeliz".
E voltando a cena, foram poucas palavras, um abraço e um olhar na despedida. Se tratavam como velhos conhecidos, quando na verdade, nunca chegaram a se conhecer. E se fosse um final de novela, estava perfeito, só faltava a música tema, e sim, eles eram um casal protagonista, pelo menos por fora, mas o que eles não sabiam, é que o futuro planejava, que eles, não mais como Verônica e Rafael, sim como Ana e Augusto, iriam se encontrar, em outro cenário, com outra música tema, ela com outra cor de cabelo, e ele com um ar de galã, e dessa vez sim, seriam um casal apaixonado.
Vida de atores, encontros e desencontros, todos irreais e no fundo, no fundo, sem sentido!
23 de outubro de 2009

Revivendo


. meia colorida - Amanda Machado


Oi!

Quanto tempo galerinha, tenho que pedir desculpas pelo 'esquecimento', é que todas as minhas ideias fugiram, se concentraram em outras coisas que não escrever, e talvez por isso eu esteja com tanta sede de informar, de dizer o que eu tenho pensado, o que de verdade tem passado pela minha criativa mente.

É, para começar tenho que explicar o meu último mês: foram tristezas, emoções deixadas de lado, tempo demais voltado aos estudos e ao choro. Quem me conhece, já sabe porque, e quem não conhece, não, eu não terminei com o meu namorado, até porque não tenho um, mas sim, perdi um amigo, me decepcionei comigo e com o mundo, tenho visto coisas demais que estão me abalando, e ao mesmo tempo, sinto saudades finitas e infinitas de tantas pessoas que passaram pela minha vida, que já voltaram, que vão voltar, ou que nunca mais vão poder aparecer.

Parece que estou desabafando, mas não tem sentido terminar uma história que comecei, ou elaborar novas evoluções, se não estou completamente segura de que entendo a nova maneira do meu pensar.

Com toda mudança de foco da minha vida, resolvi tomar as coisas ruins, como um 'se liga', acorda queridinha, vai atrás de quem você gosta e que você tá sentindo falta, liga, visita, lembra... Essas pessoas não se afastaram porque quiseram, você tornou isso uma coisa maior do que parecia. O CEFET não me afastou de ninguém, eu me afastei das pessoas por achar que não ia ter tempo suficiente para dispor a elas, e realmente não tenho, mas isso não quer dizer que eu não possa procurá-las, ou morrer de saudade, ou ligar de vez em quando, ou até quem sabe, marcar um encontro idiota e patético. Amigos, devemos procurá-los agora! Porque enquanto a gente sabe que eles estão longe, mas estão ali, não dói, mas quando sentimos que nunca mais vamos poder ver aquele sorriso, ou aquele olhar que te confortava tanto, o seu corpo não responde a estímulos, você perde o controle, sente vontade de nunca mais fazer amigos, e não sair de casa, e beber até cair, ou até não lembrar mais de nada, sente vontade de não sentir vontade. Tudo que você pensa ou olha, te lembra a aquele ser, e se por acaso você sorri da piada na televisão, você se sente traindo aquela pessoa, afinal, ela se foi e você tá sorrindo?

E com todos esses pensamentos, lembrei que o que eles me faziam de maior e mais bonito, era sorrir, e agora que eles não estão aqui vou passar a viver triste? Não! Posso culpar o mar e não querer mais mergulhar em suas águas, posso culpar a tal esquina e nunca mais passar por lá, mas se isso se generalizar, vou acabar não vivendo, e ai não vai ter razão que entenda como eu fui amiga de pessoas tão felizes.

Enfim, o mar, vou continuar o olhando, visitas... Já aquela rua, resolvi passar por lá, por acaso.

E se o Daniel e o Wallace podem me ouvir agora, eu grito: COMO VOCÊS FAZEM FALTA!

E como tudo que quero é continuar, continuo, escrevendo e contando meus "causos" para vocês!

"... leva essa canção de amor dançante pra você lembrar de mim, seu coração lembrar de mim, na confusão do dia-a-dia, no sufoco de uma dúvida, na dor de qualquer coisa..." ♫ Balada do Amor Inabalável.


P.S.:Cortei o cabelo!

Estou com franjinha... ;D