29 de dezembro de 2009

O 12º encontro


. meia colorida - Amanda Machado


Escrito em 29 de Dezembro de 2009 - Não acreditem em tudo escrito abaixo! Por favor!


Eu estava deitada há poucos minutos admirando o azul do céu refletido no vidro da janela, admirada com tal beleza, simples e inglória que por acaso nunca havia percebido, pelo menos, não naquela janela.

Já passam da meia noite e sem conseguir dormir, relembro e reconto os homens que beijei ou tive algum tipo de interesse durante esse ano que está pegando o trem de ida sem volta. Alguns que não merecem todo o ar sério e maduro que a palavra homem emprega, porém todos do sexo masculino.

Penso que no tal, campo amoroso, meu ano só começo no Carnaval, afinal me retive até tal época a pensar sobre meus erros anteriores, melhorei minhas críticas ao arcaico estilo amoroso, o namoro, e me mantive afastada de tal arte. Talvez por levar a sério meus ideais, muito a sério, ou até mesmo por não ter visto um motivo para me corromper.

Os homens por quem me interessei, ou nem tanto assim, homens não, os indivíduos, se unidos, dariam a pessoa perfeita, eu acho...

Do nº 1 tiraria o jeito fácil e sereno que um homem precisa ter ao aceitar meus ideais e minhas reflexões, e o jeito de beijar minha bochecha de leve que me encantou, já do nº 2 tiraria o jeito intimidador que ele têm e que me fez rir, rir não, gargalhar... Do nº 3, além da grande amizade, o jeito irreverente de me deixar apaixonada conta muito, não que os olhos dele não tenha valor, e do nº 4 o beijo calmo e tranquilo, e a vontade que ele tinha de me ouvir, além da pele macia ao me tocar, e para poder respirar um pouco, do nº 5, tomaria a sede que ele tinha ao me segurar, talvez por desejo reprimido... chamarei de desejo, apenas.

A partir daqui, se inicia uma nova fase... Do nº 6, a cara de pau e o modo assustador de me intimidar, ficaria perfeito, no homem perfeito, e do nº 7, a descrição, porém não poderia dizer mais, afinal foram 3 segundos apenas. Do nº 8, ha! Diria que dele quero os cabelos, a conversa, o modo de falar e de conseguir me enganar facilmente, ou pelo menos achar que me enganou... Do nº 9, não o conheço , mas a determinação ao não desistir me admirou!

E aqui se rompe alguns conceitos e se inicia outra fase. Do nº 10, quero a maneira de me olhar, de se aprofundar em meus olhos e a profundidade no olhar dele que me consumiu. Do nº 11, como toque final, o jeito de aceitar, de viver o mesmo que eu, de lembrar sem lembranças.

Se há uma coisa de que me lembro bem e que de todos me fascinam e fascinará, não só os de 2009, mas da vida, que seus sorrisos prevaleçam em minha vida e na de quem quer que seja, o melhor que há em TODOS e que me consumia ao olhar.

Mesmo que namorar não seja o meu ritmo, que eu consiga sentir de novo como é bom ter de quem lembrar na hora de dormir e que eu sorria, e que as lágrimas que secam no meu travesseiro agora, sejam trocadas por algo bom, mesmo que sejam sonhos.

Feliz 2009 e um maravilhoso 2010 para todos... e que os números de vocês sejam inesquecíveis como os meus, de importância e inesquecíveis!


Ouvindo: Maria Gadu - Linda Rosa

... e pobre desses rapazes que tentam lhe fazer feliz (




21 de novembro de 2009

Eu ainda prefiro os livros

. meia colorida - Amanda Machado
Bom de Ouvido

por Ana Maria Machado

Volta e meia a gente encontra alguém que foi alfabetizado, mas não sabe ler. Quer dizer, até domina a técnica de juntar as sílabas e é capaz de distinguir no vidro dianteiro o itinerário de um ônibus. Mas passa longe de livro, revista, material impresso em geral. Gente que diz que não curte ler.
Esquisito mesmo. Sei lá, nesses casos, sempre acho que é como se a pessoa estivesse dizendo que não curte namorar. Talvez nunca tenha tido a chance de descobrir como é gostoso. Nem nunca tenha parado para pensar que, se teve alguma experiência desastrosa em um namoro (ou em uma leitura), isso não quer dizer que todas vão ser assim. É só trocar de namorado ou namorada. Ou de livro. De repente, pode descobrir delícias que nem imaginava, gostosuras fantásticas, prazeres incríveis. Ninguém devia ser obrigado a namorar quem não quer. Ou ler o que não tem vontade. E todo mundo devia ter a oportunidade de experimentar um bocado nessa área, até descobrir qual é a sua.

(...)

Bem, para quem nunca me ouviu dizendo, que ouçam pelas minhas mãos: Eu não curto namorar. Não sei o motivo, mas sei que como diz a Machado de lá, talvez a Machado daqui não tenha conhecido o livro certo, ou o homem, porque se fosse para namorar livros tenho certeza de que não faltariam desejos e amores, afinal, ainda não conheci um livro do qual eu não tenha gostado, já os homens, conheci poucos que eu tenha gostado.
Não faltariam pretendentes, teriam gordos e magros, os bem vestidos e os mais "mulambos", os engraçados e os mais sérios, os clássicos e os moderninhos, teriam os que falam de mais e os que falam de menos, os mais românticos e os macabros, teriam os que eu choraria no final e os que me deixariam em clima de suspense, inúmeras paixões.
É, eu prefiro os livros, e não se espante se um dia você me encontrar andando de mãos dadas com um, ou se eu me referir a um livro como filho.

texto escrito no dia 11/11/2009
31 de outubro de 2009

Boa Viagem!


. meia colorida - Amanda Machado


Quando eu me preparo para viajar, sinto uma coisa muito estranha, boa, mas estranha. Acho que todos nós sentimos a mesma coisa, aquela sensação de pré-viagem, de preparação, regada de ansiedade.

Seja longa ou curta, para uma outra cidade, estado ou país, que dura uma semana, um mês ou até mesmo um ano, seja de carro, ônibus, avião ou até mesmo navio, a sensação de pré-viagem é a mesma.

Na semana anterior a viagem, começamos a sentir o medo de esquecer alguma coisa, de se atrasar, e quando chega o dia, acordamos com uma vontade de pular, dançar, cantar, levantamos da cama com uma agitação contente e descontrolada. Vamos ao trabalho, a escola ou ao compromisso do dia-a-dia e declaramos para o primeiro que chega a nos cumprimentar, para onde, quando e como vamos viajar. Arrumamos modo de aplicar a desculpa da viagem para todos os compromissos que aparecem. Saímos de volta à casa na correria, e ao abrir a porta de casa, pegamos as malas, esperamos o horário certo de sair de casa e vamos!

O bom de viajar é que durante o período que passamos dentro do meio de transporte pensamos, e pensamos muito. Funciona como uma meditação, repomos nossas energias, conseguimos entender tudo que tem passado, resolvemos os desentendimentos pessoais, aquelas pequenas dúvidas, nossas inseguranças, conseguimos deixar de lado tudo que nos incomodava e ficamos zerados, com novos focos e determinados a sermos pessoas diferentes.

E ai então chegamos ao destino da viagem. E começamos a colocar nossas novas decisões em prática. Mas quando nos damos conta, já estamos repetindo todos os nosso "erros" e não estamos seguindo mais nossas regrinhas.

Voltamos para casa pensando no que fizemos na viagem, o que falamos de errado, o abandono de foco e determinação para mudar, a dor de cabeça que te lembra a todo momento que você bebeu demais, e a falta de dinheiro na carteira te lembrando que você gastou demais. E as lembranças? Te deixando louca por você não ter o número do telefone do cara da festa. Qual era o nome dele mesmo? A dor de cabeça não te permite lembrar.


PS: Estou em Minas Gerais. E boa parte do que eu disse são experiências minhas, algumas nem tão minhas!
25 de outubro de 2009

Vida de novela




. meia colorida - Amanda Machado

Era uma visão. Só podia ser uma visão. Era engraçado e ao mesmo tempo se tornava patético. A cena era patética. O olhar daqueles dois era mais que patético. Deixava claro o quanto eles não sabiam o que estavam fazendo ali. O ambiente carregado de desilusão, e a voz de quem falava tinha um tom sério e intimidado. Eles já se conheciam, já viveram mil momentos juntos, já se amaram loucamente, e agora se encontram e aquele sorriso envergonhado aparece.
Não sentiam que o que faltava era o sorriso verdadeiro, sequer notaram os olhares, olhavam mais para os pés uns dos outros do que para o rosto. Com mais de três anos de convivência, ele não sabe o poder do sorriso daquela mocinha. Não sabe o quanto ela cativa com os sorrisos. E ela nunca notou a força dele, a garra, o quanto de determinação compõe aquele ser. E ai, eu me pergunto: Onde está a afinação?
Será mesmo que eles um dia conheceram um ao outro? Creio que o que conheceram foi a imagem, que seduz, mas não mantêm admiração. O que eles conheceram, foi o papel deles no palco da vida, o que cada um fazia no dia-a-dia. Nunca chegaram a falar sobre o passado, sobre os antigos amigos, rivalidades e grandes atuações.
Uma dupla gentil se olhada por fora, mas se estudada a fundo, eles não passavam de dois, um e um, somados. Não eram o dobro, suplementares ou complementares, sequer eram sinônimos, e o que aparentava, até hoje ninguém sabe dizer. Se nota em tal momento o motivo de tanta normalidade quando o fim chegou perto demais para dizer não.
E se o momento não era propício, deram um jeito, inventaram maneiras novas para desentendimentos antigos, montaram um esquema, cada um o seu, promovendo o grande final, dois atores amadores, inventando um novo final "infeliz".
E voltando a cena, foram poucas palavras, um abraço e um olhar na despedida. Se tratavam como velhos conhecidos, quando na verdade, nunca chegaram a se conhecer. E se fosse um final de novela, estava perfeito, só faltava a música tema, e sim, eles eram um casal protagonista, pelo menos por fora, mas o que eles não sabiam, é que o futuro planejava, que eles, não mais como Verônica e Rafael, sim como Ana e Augusto, iriam se encontrar, em outro cenário, com outra música tema, ela com outra cor de cabelo, e ele com um ar de galã, e dessa vez sim, seriam um casal apaixonado.
Vida de atores, encontros e desencontros, todos irreais e no fundo, no fundo, sem sentido!
23 de outubro de 2009

Revivendo


. meia colorida - Amanda Machado


Oi!

Quanto tempo galerinha, tenho que pedir desculpas pelo 'esquecimento', é que todas as minhas ideias fugiram, se concentraram em outras coisas que não escrever, e talvez por isso eu esteja com tanta sede de informar, de dizer o que eu tenho pensado, o que de verdade tem passado pela minha criativa mente.

É, para começar tenho que explicar o meu último mês: foram tristezas, emoções deixadas de lado, tempo demais voltado aos estudos e ao choro. Quem me conhece, já sabe porque, e quem não conhece, não, eu não terminei com o meu namorado, até porque não tenho um, mas sim, perdi um amigo, me decepcionei comigo e com o mundo, tenho visto coisas demais que estão me abalando, e ao mesmo tempo, sinto saudades finitas e infinitas de tantas pessoas que passaram pela minha vida, que já voltaram, que vão voltar, ou que nunca mais vão poder aparecer.

Parece que estou desabafando, mas não tem sentido terminar uma história que comecei, ou elaborar novas evoluções, se não estou completamente segura de que entendo a nova maneira do meu pensar.

Com toda mudança de foco da minha vida, resolvi tomar as coisas ruins, como um 'se liga', acorda queridinha, vai atrás de quem você gosta e que você tá sentindo falta, liga, visita, lembra... Essas pessoas não se afastaram porque quiseram, você tornou isso uma coisa maior do que parecia. O CEFET não me afastou de ninguém, eu me afastei das pessoas por achar que não ia ter tempo suficiente para dispor a elas, e realmente não tenho, mas isso não quer dizer que eu não possa procurá-las, ou morrer de saudade, ou ligar de vez em quando, ou até quem sabe, marcar um encontro idiota e patético. Amigos, devemos procurá-los agora! Porque enquanto a gente sabe que eles estão longe, mas estão ali, não dói, mas quando sentimos que nunca mais vamos poder ver aquele sorriso, ou aquele olhar que te confortava tanto, o seu corpo não responde a estímulos, você perde o controle, sente vontade de nunca mais fazer amigos, e não sair de casa, e beber até cair, ou até não lembrar mais de nada, sente vontade de não sentir vontade. Tudo que você pensa ou olha, te lembra a aquele ser, e se por acaso você sorri da piada na televisão, você se sente traindo aquela pessoa, afinal, ela se foi e você tá sorrindo?

E com todos esses pensamentos, lembrei que o que eles me faziam de maior e mais bonito, era sorrir, e agora que eles não estão aqui vou passar a viver triste? Não! Posso culpar o mar e não querer mais mergulhar em suas águas, posso culpar a tal esquina e nunca mais passar por lá, mas se isso se generalizar, vou acabar não vivendo, e ai não vai ter razão que entenda como eu fui amiga de pessoas tão felizes.

Enfim, o mar, vou continuar o olhando, visitas... Já aquela rua, resolvi passar por lá, por acaso.

E se o Daniel e o Wallace podem me ouvir agora, eu grito: COMO VOCÊS FAZEM FALTA!

E como tudo que quero é continuar, continuo, escrevendo e contando meus "causos" para vocês!

"... leva essa canção de amor dançante pra você lembrar de mim, seu coração lembrar de mim, na confusão do dia-a-dia, no sufoco de uma dúvida, na dor de qualquer coisa..." ♫ Balada do Amor Inabalável.


P.S.:Cortei o cabelo!

Estou com franjinha... ;D
12 de setembro de 2009

eu não desisto...


. meia colorida - Amanda Machado


Bem, parece idiota tudo o que vou dizer agora, mas eu vou ser idiota.

Essa semana tenho passado por dias péssimos, apesar de certas coisas parecerem normais no meu dia-a-dia, nada está "normal". Quinta-feira recebi uma notícia que não me deixou nada feliz... Ok, é só mais um na lista dos enormes desejos de Amanda impossíveis de serem realizados, mas onde está o motivo de tudo que eu quero que aconteça, acontecer da maneira que eu não quero? Foi assim que pensei. Já na sexta, a minha turma perdeu no handball, me senti frustrada, mas compreendi, e após um longo período cansante até em casa, percebi coisas piores.

Assistindo ao filme: Noivas em guerra, me senti total deprimida por não ter uma amiga de infância como eram as protagonistas do filme. Me encontrei em total desespero, por não ter quem ser a madrinha do meu casamento. O motivo da falta de amigas de infância está na equação da minha vida, eu vivi me mudando. Ou seja, para quem não entendeu, tenho amigas de épocas... As amigas da infância, e as da INFÂNCIA, as amigas da adolescência e as da juventude, como eu prefiro chamar o período que ando vivendo, e por ai eu creio que as coisas vão. O que eu quero que notem, é que cresci alterando as amigas, deixando para trás as histórias, ou as trazendo comigo, mas vivendo outras, com outras pessoas.

E não é isso que quero para as minhas filhas, óbvio que não! Por esse motivo, deixo declarado aqui, que vou viver durante o crescer dos meus filhos, no mesmo bairro, de preferência na mesma casa, para que eles tenham o privilégio de ter alguém que os conheça melhor que eu mesma, para que eles tenham alguém que possam dizer que se conhecem desde sempre. Para que tenham o que eu estou sentindo falta de ter neste momento.

Mudando de assunto, mas não fugindo dele, quero mandar um super beijo para a Joana, que aderiu agora a moda dos blogs, palmas para ela!

Voltando ao assunto deprê... Hoje! Hoje assisti um outro filme: Sete vidas, onde vi o verdadeiro valor da vida, do amor, e da sensação de viver. Assisti a um homem decidido a se suicidar para doar seus órgãos para sete pessoas (com o propósito de se redimir por ter causado um acidente com outros sete mortos), se apaixonar por uma das sete pessoas, amar de verdade, cogitar a idéia de não se suicidar, no caso, se ela conseguisse um coração, o que tinha 3% de chances, e no fim se suicidar, salvando seu amor... Senti a razão de tanta gente amar, senti o prazer de ver o prazer de se doar por uma razão maior, e ao mesmo tempo, senti uma tristeza imensa, em não sentir esse prazer, de sentir que não me dôo por uma RAZÃO. Está doendo, e vai doer, aprendi com o filme, e com certeza quero que meus órgãos sejam doados após a minha morte.

O motivo de minha tristeza é a mistura de fracassos, de ilusões e arrependimentos... É a falta de carinho, atenção e talvez, compreensão. É apenas falta. Não estou carente, estou tendo uma atitude carente. E para variar existe algo que está me irritando muito, a AFTA! Li na gloss que o nervosismo favorece o aparecimento da tal afta, mas com certeza, o aparecimento dela, me deixa nervosa e com muita raiva!

Se eu fossem vocês, leria: Leite Derramado - Chico Buarque.

P.S.: Como eu já disse para alguém hoje: Você já viu alguma coisa na minha vida ir para frente? (quem entende, entende!) Não né? Então...

P.S².: Eu não vou desistir das minhas amigas, elas estão no meu coração. E quanto as conversas, um dia, eu sei que teremos!

... eu não desisto de você, você precisa entender, que eu não me inspiro sem você, sem você eu não me inspiro, se você pensa em mim, se você me abraça, a vida é graça plena, a vida é cheia de graça (
5 de setembro de 2009

. meia colorida - Amanda Machado
Bem, parece que hoje não estou com muita vontade de expressar o que estou sentindo com palavras... Sei que estou devendo o quarto capítulo de uma história que comecei, e podem acreditar, ainda não tem final!
O que estou sentindo hoje tem nome de prazer. O prazer naquelas pequenas coisas, sabe? A diversão, as bobeiras que cada um fala e que gera 1001 piadinhas, aquela coisa que a gente só vive ao lado de quem a gente gosta e de quem gosta muito da gente.
Meus amigos, podem ficar sabendo: Eu adoro a companhia de vocês!
P.S.: Natalia Colonese e Renata Lo Ré, eu gosto muito das duas, e que Deus permita que o trio não se desfaça! (A Uruguaiana ainda vai gerar muitas histórias entre a gente.)
10 de agosto de 2009

LUTO!


. meia colorida - Amanda Machado


Bem, hoje estou totalmente deprimida, meu coração está apertado e por mais que eu tente, não consigo me distrair. Parece que tomaram algo de mim, que retiraram uma parte do meu corpo, talvez de minha alma, fazendo com que eu chorasse a todo momento.
Talvez não esteja dando para entender o motivo... é que meu amigo, e um antigo colega de escola, faleceram ontem à noite, em um acidente de moto, depois de um dia que eu julgo, feliz. Abaixo seguem linhas sobre o AMIGO.
Há tempos eu não falava com ele como antes, afinal, todos seguimos caminhos diferentes, mas o brilho de 2007 ficou na memória. Mas apesar de quase não nos vermos, eu sabia que podia contar com ele, que ele ia estar ao meu lado se eu precisasse, com aquele jeito que só ele tem de alegrar, dançar, ele era a simpatia e gentileza em pessoa. E por mais que estivesse perto porém longe, ele sabia que era um grande AMIGO, e que nada no mundo faria isso mudar, ele sabe!

(nesse momento paro para derrubar lágrimas.)

Bem, parece que não vou conseguir dizer tudo que quero, minhas palavras são tomadas pelo sentimento de injustiça que já está enroscado em todo meu corpo, pois para quê Deus leva uma pessoa tão jovem, com tantas coisas para viver, tantas experiências, tanto! E deixa aqui, em nosso convívio pessoas que só querem o mal, só desejam o mal, e fazem o mal, para quê tinha que ser logo meu amigo?

(nesse momento as lágrimas tomam meu rosto, e não consigo parar.)

Muitos vão dizer, ele procurou. Não! Ninguém procura a morte, nem mesmo os terroristas que planejam a sua morte em um atentado por um "bem" maior, procuram, eles sempre são submetidos a tal situação, e esperam sair ilesos. E eu sei, bem no fundo do meu coração, que ele não procurou nada, estava vivendo, experimentando, todos não dizem que essa é a idade de experimentar? Talvez foi um passo falso, talvez uma irresponsabilidade, mas aconteceu e não dá para mudar.
O caso, é que todos temos uma missão, alguns só conseguem a cumprir com 72 anos, outros, conseguem com apenas 1 dia de vida, alguns outros, ficam por mais tempo, e morrem na juventude, deixando para trás enorme dor, e esse sentimento de injustiça que escorre dos meus olhos, e que é baseado em todo amor que eu conheço.
Procuro forças nesse momento que eu desconheço bater no meu peito, procuro deixar quem me cerca tranquilo, afinal, também estão sentindo dor, uma dor dupla, infinita, sem nenhum tipo de amargura, pura, quase tortura. E sei, que aqueles que eram os grandes irmãos dele, estão sentindo uma dor muito maior que a minha, que eu entendo, mas sei que não posso entender.
Foi, com certeza a pior notícia que recebi nos últimos tempos, para ser mais exata, não sei como venho conseguindo ter tanta força para os problemas, minhas férias foram tomadas por mortes de jovens rapazes, e um medo terrível em relação ao amor incondicional que descobri existir pela minha mãe. De princípio, nada estava certificado, então eu não acreditava, eu tinha certeza que era mentira, e que eu ia encontrá-los logo, logo. Mas depois de verificado, parecia que o remorso havia me tomado, e o arrependimento batia a porta.
Eu me perguntava porque eu não havia ouvido meu coração, talvez, quem sabe, as coisas não tivessem ocorrido dessa maneira. Naquela tarde, no domingo, 9 de agosto de 2009, aproximadamente 17:45, eu vi o Wallace, ele estava na moto, sorriu, eu sorri, mas senti um enorme desejo de falar com ele, que foi logo controlado e segui meu caminho, minutos depois me senti mal, vi que devia ter falado, não ia me atrasar, estava com tempo, me arrependi, mas eu tinha certeza que ia vê-lo de novo, então não havia medo. Mas quando recebi a notícia, eu soube que havia acabado, aquele sorriso não seria mais visto por mim, apenas nas fotos, mas nada compensa. Eu quero aquele jeito brincalhão, aquela alegria, o jeito dele de falar, de dançar... Eu sinto que perdi algo que não dá mais para ter, eu sei que perdi algo, mas sei também que ele sempre estará comigo, em tudo que eu fizer, em cada atitude, ele estará. Pois, sem dúvida nenhuma, se sou, o que sou, foi porque o conheci, e agora sei que ele vai cuidar de mim, como um anjo da guarda, e vai continuar a missão que foi dada a ele, e que ele conseguiu cumprir, de uma maneira espetacular, levando a todos que o conheciam, a felicidade.
Sei, que parece que não estou abalada pelo meu antigo colega de escola, mas não éramos muito próximos, na verdade, não nos dávamos muito bem, vivíamos brigando, e implicando um com o outro, mas com certeza, sinto muito pela morte dele, e desejo a família dele muita força!
Que as pessoas que os amavam, tenham força, e que inclusive eu, possa lembrar deles, pelas coisas boas que aconteceram, e que passaram.
Deus, cuide das almas destes pequenos anjos.
Sentirei muita falta, e cada lágrima derramada durante a formação do texto, é verdadeira.


LUTO! - Wallace e Jocimar(Markin).
28 de junho de 2009

Perdidos...


. meia colorida - Amanda Machado

Essa semana segurei os pontos para não me desesperar. De repente parecia que coisas que realmente importam, estava indo, para onde, eu não sei.
Desde sempre sou muito ruim em me acostumar com perdas, e isso se torna maior quando é alguém que é "perdido". Não consigo me acostumar com substituições, e muito menos com perdas repentinas. E como se já não fosse ruim, piora, quando perco algo que amo muito, ou que tem muito valor para mim.
Enfim, porque estou escrevendo isso? Porque essa semana o professor de física largou a turma, para dar aula a outra turma. Ele não vai sair do colégio, e vou continuar podendo vê-lo, porém no momento da notícia, algo aconteceu, e deixei o choro preso cair, e chorei, chorei. Talvez possa parecer cena, mas não foi isso. É que eu tinha me identificado com a aula dele, com o jeito dele, eu gostava realmente da aula (a única aula que eu gostava), e ai, ele vai embora, "me abandona", sei que não é tão ruim assim, vou ter outro professor, e caso eu tenha dúvidas, já sei que posso encontrá-lo sempre, mas porque eu sempre perco os professores que eu gosto?
Como se não fosse pouco, essa semana, quinta-feira, morre o REI DO POP, Michael Jackson, que fique claro aqui, que o considero uma figura importante para o cenário artístico. Apesar de não ter nenhum vínculo com ele, e não gostar tanto assim das músicas conhecia, mas não amava, uma sensação de injustiça se impôs sobre minha razão, e me descontrolei, chorei, permiti que algumas lágrimas rolassem, mas aquela notícia, tão repentina, tão assustadora, não me deixava respirar.
Fui me acalmando, é claro, mas o que fica no meu pensamento, e está descrito nos meus olhos, é que não vou compreender. Porque gênios como ele, vão. Sem deixar explicações, e deixando para trás milhões de dúvidas. Não me importo com as milhões de acusações, se ele era pedófilo ou não, eu não sei, mas que ele foi vítima durante toda a vida da crueldade dos outros, isso eu tenho certeza!
E deixando de lado as pequenas coisas, e generalizando, porque 'coisas' que nos marcam, e que se tornam muito importante para alguém, para um grupo, ou para todo o mundo, se perdem... Deixando-nos com um aperto no coração indescritível, uma vontade de entender, e ao mesmo tempo não compreender, é impossível aceitar que sem motivos, sem alguma razão, o universo afaste o que é bom para alguém, desse alguém. Todos tentam me fazer entender, e aceitar que as pessoas vão, e nos deixam para trás. Mas de verdade, todas as pessoas que eu conheci, e que foram importantes, mas importantes de verdade, e que morreram ou me deixaram para trás, não vão ser esquecidas, e não vou entender assim, tão facilmente, até porque elas deixaram marcas profundas no meu viver, no meu sorriso e no meu pensamento. Sei que perdas nos fortalecem, mostram o quanto podemos suportar de dor, mas eu preferia ser considerada para sempre fraca, mas não perder nada de importante, nada mesmo.
Deixo aqui, como testemunho, que não vou COMPREENDER, e que não quero compreender. E mais, que não quero "deixar" ninguém, não quero fazer com que alguém sinta a dor que tanto me atormenta.
P.S Sei que um dia meus pais vão me deixar, mas espero que até lá, eu já seja alguém mais forte, isso não significa que eu vá compreender, isso eu não vou, mas que eu consiga continuar minha vida, com eles em cada sorriso, em cada lágrima. E as "coisas" que se foram, estão marcadas em minha vida, e ninguém pode tirar isso.


"E mesmo quando a visão se turva, e o coração só chora..."
10 de junho de 2009

Louca


. meia colorida - Amanda Machado

Se me perguntar se sou louca, direi: Mais louco que eu, é quem conhece a vida e não canta com ela!
Derrame-se em lágrimas apenas com o sussurrar do cântico, que é infinito racional de ser, ver e ouvir.

(28/05/2009)

Não posto há dias, mas não há um dia em que eu não escreva!
6 de junho de 2009

Vôo Livre


. meia colorida - Amanda Machado

Adoro borboletas, adoro mesmo, as acho tão maravilhosas, tão encantadoras, enfim, belas.
Adoro borboletas, pois elas vivem pouco tempo, porém passam a vida toda tentando ser melhor, se transformando, evoluindo constantemente.
Adoro borboletas, são tão gentis, porém tão tímidas, adoram se mostrar, porém não conseguem se comunicar com seus admiradores, vivendo de canto em canto, encanto, de casa em casa, causando.
Adoro borboletas, vivem um dia por dia, levam a sério o famoso carpe diem, e passam a vida tentando dizer o que querem, sem perder um único momento desistindo.
Adoro borboletas, me sinto transformada ao olhá-las e admirá-las, me sinto olhando em um espelho d'água, que se desfaz ao meu olhar, pois me dedico, dedico meu viver, a ser como elas, se transformando e evoluindo, vivendo uma eterna metamorfose, e distribuindo a todos, a coragem de mudar e mudar. Quero tanto ser como elas, que luto e vou continuar lutando, para viver e reviver, e nunca ser como era antes, nunca repetir uma mesma atuação, sendo protagonista da minha própria vida, mas todo dia com uma caracterização nova e um figurino mais bonito, brilhante e encantador.
Adoro borboletas, adoro mesmo, as olho tão maravilhosas, tão encantadoras, voando para onde querem, tão libertas, que sonho em estar com elas!

Texto escrito no dia: 04/06/2009

PS: Ontem, vivi um momento muito especial, formulei uma nova tese, e descobri o quanto fui estúpida por muito tempo, mas o quanto adorei minha estupidez!

24 de maio de 2009

Ato desesperado


. meia colorida - Amanda Machado


Minha vida é marcada por desesperos. A vida dos que me cercam é marcada por desesperos. Eles sofrem sem saber porque e choram, sem poder. As pessoas que convivem comigo, nada têm de dramáticas, elas apenas sofrem, com a desilusão de um mundo melhor, mais seguro e bonito. Os que vivem comigo, sabem e crêem que não há verdade em um futuro melhor ou pior, o futuro das pessoas na atualidade, é repetir o passado. Alguém muito inteligente mesmo, com nome de Agenor, ou se preferir, Cazuza, disse que via o futuro repetir o passado, e que via um museu de grandes novidades, enfim, ele é o cara! O mundo não está cada vez pior, mentira barata, o mundo sempre foi assim. A violência não aumentou, afinal, sempre aconteceram assassinatos, roubos, crueldades e guerras, até piores se formos notar, o que mudou foi a maneira de agir.

As pessoas que eu vejo pelas ruas, tem o brilho do olhar fosco, não olham mais o mundo como as criancinhas, e quem roubou o brilho do olhar deles? O noticiário da noite, os corpos nas ruas, as queimadas, torturas, drogas, misérias, corrupção. A pergunta correta é: Quem roubou? E a resposta é mais simples e clara do que parece, fui eu, você e ele, foi todo o tipo de gente que anda ao lado dele, que sobrevive ao lado dele, e que, de propósito ou não, colabora para que o mundo continue assim.

Sei que nos parágrafos acima, fui contraditória, pois, revelei que não há futuro melhor, e disse que a culpa é nossa de não mudar. Disse que não há futuro melhor, porque sei que não vamos mudar, afinal é toda uma postura adotada há anos, e que se passa de geração a geração.

Não chore, não se martirize, pois, você é só mais um no meio da multidão de pessoas que tomam a mesma postura. E claro, você não foi escolhido a garota do fantástico.

Assuma seu lugar, aceite sua posição, tome atitudes, e tire do lugar os antigos lemas. Tente, revele-se alguém melhor, revele-se não só mais um na multidão, deixe de lado a posição de coadjuvante, e pegue o volante de sua própria vida.

"Sempre distante do mundo onde vivo, descobertas a fora, mundos a fio, medo de ter, medo de olhar, conquistar espaço, se portar, não corra risco, sem antes prevê-lo, não deixe que o pavor te leve a loucura de detê-lo, confunda-se com o sabor supremo do licor, que mata aos poucos, sem devaneios, com ardor, viva com intensidade amargurada, e deixe a sua incrível história marcada." (O texto é meu, mais aqui, é apenas citação)


P.S: Como Elis Regina cantou, "minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo que fizemos, ainda somos os mesmos, e vivemos, ainda somos os mesmos e vivemos, como os nossos pais, nossos ídolos ainda são os mesmos e as aparências não enganam não, você diz que depois deles não apareceu mais ninguém, você pode até dizer que eu tô por fora, ou então que eu tô inventando, mas é você que é mal passado e que não vê, é você que é mal passado e que não vê que o novo sempre vê, hoje eu sei que quem me deu a idéia de uma nova consciência e juventude, tá em casa guardado por Deus..."
22 de maio de 2009

Miçangas azuis


. meia colorida - Amanda Machado
Estou ouvindo no momento uma música que resume tudo que estou pensando. E me dá uma vontade enorme de contar minhas memórias guardadas em um cofre, misturado a antigos sentimentos e desejos.
"... e o que vai ficar na fotografia, são os laços invisíveis que havia, as cores, figuras, motivos, o sol passando sobre os amigos, histórias, bebidas, sorrisos e afeto em frente ao mar..."
E esse trecho me faz voltar a um passado vivido, escolhido e editado, onde só guardo na memória o que foi bom. Eu tinha 8 anos, tinha amigas especiais, morava em Jacarepaguá, mas especificamente, na Henrique Costa, 730. Lá, naquele condomínio apelidado de "amarelinho" vivi emoções específicas e movimentadas, coisas boas, malucas, minha vida sempre foi assim.
Não vou guardar nomes, nem colocar pessoas anônimas, elas existem, não importa aonde estejam no momento, elas existem. Minhas amigas eram seres especiais, com nomes de: Michele, Gigi, Thaisa, Ana Clara e outros que participavam de nossas aventuras. Viviamos nos aventurando pelos esconderijos do condomínio, pelos cantos escuros, e pelas privadas (mais complexo do que parece). Enfim, éramos um grupinho, mais especificamente eu, Mi, Gigi e Thaisa.
Eram tantas noites mal dormidas, tanta casas de Barbie destruidas ou construidas. Tantos pique-bandeirinhas, ou pique-escondes... A gente criava escola, centro de espionagem, grupo musical, mais especificamente, Spice Girls. Eu era tão feliz, minha infância foi marcada por essas pessoas.
Exemplo disso, é a pulseira que guardo até hoje. Minha mãe, era amiga da mãe da Gigi, juntas, elas conheciam tudo, visitamos uma vez a Rocinha, e foi bem legal. Elas sempre tinham idéias loucas, de aprender e ensinar. Uma vez, elas compraram miçangas azuis, eram tão bonitas, e tinham de vários tamanhos e jeitinhos, eram lindas, juntas, eu, Gigi e Aninha, fizemos várias pulseiras, que andavam sempre penduradas em nossos braços, de um lado para o outro, até que, um dia, um belo dia, ou não tão belo, a Aninha, que era mais nova que a gente e irmã da Gigi, arrebentou minha pulseira, fiquei chateada, mas depois passou, afinal, foi ela quem me ensinou a andar de bicicleta, passou rápido, e logo demos um jeito de arrumar a pulseira, pois era como o fim de algo simples e singelo, a gente não entendia, não tinhamos combinado, mas era incrivel!
Com a pulseira consertada, logo me mudei, e a pulseira tornou a arrebentar, guardei, arrumei, hoje as miçangas estão em um potinho, onde fica guardado o brilho da amizade dado a elas, não sei como a Gisele está, sei que se mudou depois, mas não sei para onde. Foi com a família dela que conheci o açaí, odiei, e que passei dias a fim. Com a família da Michele, criei um laço incrivel, de amor, somos amigos até hoje, e com a Thaisa o que me resta é encontrá-la passando, ou ver a tia dela e os primos, mas lembro sempre das Barbies, Pollys e da foto, que guardo. Não tenho memórias ruins, apenas boas, como o aniversário da Thaisa no sítio, ou a viagem para Rio das Ostras com a Michele...
Enfim, a amizade perdura, apenas não nos vemos mais!
Espero que elas lembrem de mim.
20 de maio de 2009

Amor intrometido


. meia colorida - Amanda Machado


Hoje, não apresento um texto meu, mas um trecho de uma das escritoras que mais me influencia nos meus dias.


“Mas as coisas do amor não podem ser prometidas. Não posso prometer que, pelo resto da minha vida, sorrirei de alegria ao ouvir seu nome. Não posso prometer que, pelo resto da minha vida, sentirei saudades na sua ausência.
Sentimentos não podem ser prometidos. Não podem ser prometidos porque não dependem de nossa vontade. Sua existência é efêmera. Só existem no momento. Como o vôo dos pássaros, o sopro do vento, as cores do crepúsculo. Esse é um rito de adultos, porque somente os adultos desejam que o futuro seja igual ao presente. A sua gravidade, a sua seriedade, os passos cadenciados, processionais, as suas roupas, as suas máscaras, as palavras sagradas, definitivas, para sempre, o que Deus ajunta os homens não podem separar, a exaltação dos deveres: tudo dá testemunho de que esse é um ritual adulto.
(...)
Não há promessas para amarrar o futuro. Há confissões de amor para celebrar o presente.” (Clarice Lispector).


Comento aqui o que já pensei, e penso sobre o texto acima.

O amor, como é idealizado nas novelas e filmes, não existe, não é porque não existam pessoas que se amam, é porque o amor da ficção é sério, e infinito, apresenta um tom de todo sempre, e pureza. O amor que vivemos todo dia, é o famoso amor de 3ª série, a gente ama, sem ser amado na maioria da vezes, a gente idealiza uma coisa que nunca vai acontecer, e o pior, a gente sabe disso. Vivemos imaginando que o nosso grande amor vai aparecer do nada, mas na realidade, você vai casar, isso se você casar, e no máximo do romantismo, com aquele que foi seu amigo no colégio ou na faculdade, ou aquele que te atropelou, no máximo. Afinal, as histórias, são histórias, são pra ser apreciadas, e não para tomar como objetivo de vida, ou você acha que vai sair do seu reino do mar, ir para a terra firme, um príncipe vai se apaixonar por você, e seu cabelo vai ser ruivo e bem penteado para sempre? Não, sinto muito, a realidade é outra. Amor não está em outra pessoa, está em si mesmo, por isso somos capazes de amar coisas como, comida, ou cores. Amor não se resume a outro ser, como Clarice disse, está infiltrado no momento a ser vivido, e esse tal amor, o de verdade não dá para inventar ou fingir, é eventualmente expressado no brilho do olhar.
15 de maio de 2009

Carta de amor anônima



. meia colorida - Amanda Machado

(Esse texto é baseado em fatos reais, vividos por uma amiga minha, já que o nome dela não pode ser revelado, coloco desde já um nome fictício, Letícia, e ao amado, vou chamá-lo de Ricardo).

Rio de Janeiro, 14 de maio de 2009.Ricardo,
Escrevo esta carta, pois já não possuo forças para lutar contra meus sentimentos, é inevitável, e por isso seja óbvio tudo que já aconteceu. Esta carta tem um único propósito válido, o de dizer com todas as palavras mais sinceras que conheço o que sinto por você, e o quanto isso é importante nos meus dias.
Caso você nunca tenha notado, eu só tenho olhos para você. Não apenas te olho, como te venero com cada parte lúcida do meu corpo, tudo em você me fascina. Meus dias se resumem a pensar a todo o momento em você, e quando te avisto, aqueles corredores, que até então eram sombrios, e frios, passam a ter luz própria, mas uma luz tão vibrante e viva, que preenche meu ser, a luz transcende meu rosto, meu corpo, minhas mãos, tudo em mim me denuncia, pois só enxergo luz, e essa luz vem de você, de seus cabelos, que ao contato com o sol, brilham, me deixa emocionada, é como se eu pudesse ver uma estrela de perto. Teus olhos apresentam todo um tom misterioso, um toque suave, algo que me deixa totalmente perplexa, e apesar de não serem azuis, mergulho e me vejo afundar em tanta cordialidade que vejo em você. Já teu sorriso, indispensável, me lembra todos os dias o quanto quero a todo o momento te ver feliz, pois não importa onde seja, e se acredita ou não, seu sorriso é motivo de felicidade na íntegra da palavra, se o vejo, não importa as circunstâncias, te ver sorrir, é certeza, pontaria certa de que meu dia será repleto de felicidade, e o excesso de felicidade se transporta se transforma, e não consigo resistir, a sempre procurar vê-lo sorrindo.
Após meses te estudando, tentando entender como podes me tornar uma pessoa tão feliz. Noto que só posso estar feliz se for ao menos, perto, impossível te ver longe, martírio te ver com outra pessoa, te amo calada, mas não afastada.
Quanto queria que me notasse que visse que não sou apenas a moça do sorriso aberto, da alegria estonteante, das loucuras inapropriadas, sei que sabe meu nome, sei que conhece a mim, apenas não sei se quer saber mais. Como queria eu, poder dizer-lhe o quanto é importante a mim, o quanto você tem culpa em meu estado de espírito. Todos os meus amigos já sabem, e entendem o porquê de tanto falar de você, e creio que você já deve ter notado o quanto é comentado, afinal, só sei te olhar.
Nada me interessa o futuro, a carta apenas condiz com tudo que sinto e que está engasgado em meu peito, guardado solenemente por todos que me cercam, amor profundo, abismo secreto, corda bamba vivida, enfim, amor escondido, platônico, porém amor!
Insatisfeita ou não, o importante é que toda manhã seja possível te ver, te admirar e poder sonhar com nossas mãos unidas, e nossos corações entrelaçados, mesmo que isso seja um futuro invisível e impossível a mim.
Não quero mais esconder nada que sinto, já que fica claro saber o quanto gosto de você. Ando sempre te procurando, e me envergonho ao te ver, parece que perco o ar, me assusto e ao mesmo tempo meu corpo se toma pela adrenalina, mais amo, amo muito, toda essa situação.
Espera que a partir desta carta, passe a me ver com outros olhos, não apenas mais uma que te quer, e sim, consiga ver, o quanto é responsável pelo meu sentimento, e mesmo que não seja recíproco, que seja entendido e respeitado.
Te amo, e nada poderá mudar o que sinto, afinal, descobertas a parte, meu ser é todo amor por você! Repleto de insegurança e tristezas, mas todo amor por você!
Letícia.
P.S.: Não importa o tempo que passe, e o quanto minhas amigas e amigos mandem eu te esquecer, te amarei, e a cada segundo esse amor, se torna mais intenso e profundo.
13 de maio de 2009

Leite derr-amado


. meia colorida - Amanda Machado

(Texto escrito no dia 8/05/2009)

Hoje acordei pensando: Quanto tempo perdido pode ser recuperado? Será que algo pode ser recuperado da exata maneira como foi deixado para trás? Involuntariamente, muitas coisas de importância no futuro, é deixada para trás e esquecida por um tempo, e então quando chegamos lá na frente, vem a velha história do "me arrependi". Não quero voltar atrás e muito menos me preocupar com o que está acontecendo, vou deixar fazer, sem prestar atenção, vai ver dá certo! Afinal, já gastei tempo demais preocupada. Sinceramente ou não, hoje é um dia diferente, minha vida está diferente, hoje sou eu, a que todos chamam de, grossa, ignorante, ansiosa, insensível, perfeccionista, e nada, nada mesmo, romântica!
Hoje fica fácil dizer o que eu quero, porque o que eu quero está e sempre esteve ao meu alcance, sem que eu notasse, é claro, sem que eu me desprendesse e voltasse a ver. Enfim, o que deixamos para trás não nos completa, se foi deixado, talvez tenha sido melhor, vai ver é melhor a parte do "recuperar o perdido", o "reencontrar", afinal, alguém sábio, com nome de Richard Bach, disse algo parecido, que a melhor parte do partir, seria a tendência ao reencontro. Não sofra com o que passou, mais coisas vão passar, mais erros vão surgir, mais beijos, menos sorrisos, mais lágrimas, menos romances, mais verdades, enfim, vamos evoluindo!
Não dá para olhar para trás o tempo todo, e muito menos chorar o leite derramado, a vida ensina, cabe a nós, aprender ou não!
Gosto de lembrar do que passou pelo princípio, de que passou, porque viver a mesma coisa sempre, deve ser chato, é chato, não tem graça, o bom da vida é o novo, o surpreendente, a SURPRESA! Odeio rotina.
Quero me completar, e não com pessoas ou coisas, quero me completar com algo que ninguém tenha visto, e só quem possui um pouco de alma de poeta entenderá, quero completar-me de palavras, tons e expressões, e que o belo seja a parte escrita, e não, a entonação!



P.S: Leiam, Leite Derramado - Chico Buarque
10 de maio de 2009

Primeiro


. meia colorida - Amanda Machado


Um registro de sentimentos passados e evoluídos, com um único lema : evolua!

Textos de minha autoria, com uma pitadinha de tudo que me influencia. Divirta-se!

Pedido atendido, para quem tinha certeza que se eu escrevesse aqui, ia ficar mais bonito. Beijos enormes, e continue colorindo!