. meia colorida - Amanda Machado
Escrito em 29 de maio de 2009
Voltando a cada sorriso, cada momento já descrito, deixo claro que apesar dos amigos, sempre me senti muito solitária, e, talvez por esse motivo, ciúme e invejinha de meus primos, eu, há 11 anos tenha desejado uma irmã.
Essa história começou nas férias de julho de 1997. Minha prima, Sabrina, havia ganhado uma irmãzinha, e era tão bonitinho vê-la sendo a "mocinha" e carregando sua "boneca" por todos os cantos. Lalá, este era o nome da "boneca", logo se transformou em minha companhia frequente, e, por acaso, ou não, anteriormente ao nascimento da Larissa, meu primo Paulinho nascera, e era um bebezinho fofo e brincalhão. Unido aos dois pequenos, havia a Ingrid, filha da Janaina, que veio ao mesmo tempo em que o meu desejo, ou seja, com todo aquele clima "baby", eu queria um irmãozinho e queria muito!
Em pouco tempo, formalizei meu pedido aos meus pais e eles logo começaram a tentar realizar meu pedido. Assim, no período de agosto de 1997, meus pais finalizaram o projeto e semanas depois, confirmado, eu tinha meu pedido atendido. Ficamos pouco tempo no Rio depois da notícia, pois para finalizar a mudança de vida, nos mudamos para Minas, mais especificamente para a casa da minha avó, eu, minha mãe e o bebê.
Estudei durante os meses da gravidez à distância, meu pai me visitava de 15 em 15 dias, e no curto tempo que ele estava conosco, eu o abraçava, o irritava e fazia os trabalhos escolares da semana. Passei meu aniversário de 1998 lá, e lembro como se fosse hoje de antecipar minha festa para que meu pai pudesse participar, e então, eu tinha 5 anos.
Nesse período, surgiu o ciúme. Tudo era para minha irmã, sim, era uma menina, e eu havia decidido que ela se chamaria Alice, pois eu amava o filme da Disney, Alice no país das Maravilhas, eu não só amava como era viciada.
Na morada em Minas, vivi emoções incríveis, acompanhada sempre da minha prima, Sabrina, nos divertíamos muito e inventávamos aventuras inesquecíveis no quintal da casa dos meus bisavós. Nessa época até que consegui ser feliz e criança, apesar dos problemas e de me sentir esquecida.
Eu sentia que piorava a cada dia o meu abandono, o ápice foi quando a minha tia, até o momento a única pessoa que me acompanhava e demonstrava carinho, escorregou na cachoeira e deslocou o ombro, pronto, minha vida se tornou completa. Minha avó operou e nada podia fazer, minha mãe, grávida e cheia de problemas tinha que cuidar da minha avó, e minha tia... Quem ia cuidar de mim? E os meus cabelos, quem ia pentear meus cabelos?
Voltando a cada sorriso, cada momento já descrito, deixo claro que apesar dos amigos, sempre me senti muito solitária, e, talvez por esse motivo, ciúme e invejinha de meus primos, eu, há 11 anos tenha desejado uma irmã.
Essa história começou nas férias de julho de 1997. Minha prima, Sabrina, havia ganhado uma irmãzinha, e era tão bonitinho vê-la sendo a "mocinha" e carregando sua "boneca" por todos os cantos. Lalá, este era o nome da "boneca", logo se transformou em minha companhia frequente, e, por acaso, ou não, anteriormente ao nascimento da Larissa, meu primo Paulinho nascera, e era um bebezinho fofo e brincalhão. Unido aos dois pequenos, havia a Ingrid, filha da Janaina, que veio ao mesmo tempo em que o meu desejo, ou seja, com todo aquele clima "baby", eu queria um irmãozinho e queria muito!
Em pouco tempo, formalizei meu pedido aos meus pais e eles logo começaram a tentar realizar meu pedido. Assim, no período de agosto de 1997, meus pais finalizaram o projeto e semanas depois, confirmado, eu tinha meu pedido atendido. Ficamos pouco tempo no Rio depois da notícia, pois para finalizar a mudança de vida, nos mudamos para Minas, mais especificamente para a casa da minha avó, eu, minha mãe e o bebê.
Estudei durante os meses da gravidez à distância, meu pai me visitava de 15 em 15 dias, e no curto tempo que ele estava conosco, eu o abraçava, o irritava e fazia os trabalhos escolares da semana. Passei meu aniversário de 1998 lá, e lembro como se fosse hoje de antecipar minha festa para que meu pai pudesse participar, e então, eu tinha 5 anos.
Nesse período, surgiu o ciúme. Tudo era para minha irmã, sim, era uma menina, e eu havia decidido que ela se chamaria Alice, pois eu amava o filme da Disney, Alice no país das Maravilhas, eu não só amava como era viciada.
Na morada em Minas, vivi emoções incríveis, acompanhada sempre da minha prima, Sabrina, nos divertíamos muito e inventávamos aventuras inesquecíveis no quintal da casa dos meus bisavós. Nessa época até que consegui ser feliz e criança, apesar dos problemas e de me sentir esquecida.
Eu sentia que piorava a cada dia o meu abandono, o ápice foi quando a minha tia, até o momento a única pessoa que me acompanhava e demonstrava carinho, escorregou na cachoeira e deslocou o ombro, pronto, minha vida se tornou completa. Minha avó operou e nada podia fazer, minha mãe, grávida e cheia de problemas tinha que cuidar da minha avó, e minha tia... Quem ia cuidar de mim? E os meus cabelos, quem ia pentear meus cabelos?

Depois que minha irmã nasceu, apesar de ter sido meu pedido, meu desejo, eu não estava alegre. Estava feliz, afinal, eu tinha uma irmã, mas eu me sentia no canto, sozinha e para os meus dias não havia amor sobrando. Após complicações demasiadas que não justifica muito, voltamos ao Rio, ainda não me restava muita atenção, mas eu estava na minha casa, na minha escola, com meus novos amigos e na minha casa nova, era por parte o meu momento, o momento de ter novas histórias, e agradeço a Deus por Priscila, Michelle e Thaisa terem entrado na minha vida, pois me ajudaram muito a me acostumar com essa nova realidade.

Minha irmã, nunca foi com a minha cara, vivia me batendo e literalmente, furando meu olho (ela mordeu o meu rosto na região dos olhos). Minha irmã retirou de minhas mãos todo o poderio, que era meu, do meu lar e da minha família. "Roubou" com meu consentimento os meus pais, ou seja, tudo que eu sempre achei que teria para sempre.
Demorei a compreender que tudo ainda era meu, e que devia aprender a dividir com aquele serzinho, tudo, afinal eu não resistiria àqueles olhos. Quem conhece nossa história e vivenciou tudo isso, sabe que apesar do amor, eu e Alice, não conseguimos ficar muito tempo juntas, sem brigar, e que a cobrança entre nós é intensa.
Este texto se deu graças a lembranças reveladas pelo aniversário da minha irmã, e, aqui dedico todo meu amor, ajuda e companhia que ela precisa. Alice, apesar de todos os momentos descritos e não descritos, eu amo você, e nada que aconteça conosco vai fazer com que eu me arrependa de ter desejado o seu nascimento, desejado você!
Eu te amo muito, e parabéns de novo! O que foi escrito há 1 ano ainda vale para hoje e valerá até o fim da minha vida.

Muito bonito chatinha , ma stenho certea que em todas as ocasiões quem começa a pertubar o juízo da sua pobre irmã e vocês mesmo! Coitada, vítima de ter uma irmã como você!!! rsrs Muito legal o texto.
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