28 de dezembro de 2010

Ainda estou verde


. meia colorida - Amanda Machado


E, é quando tudo refrigera, a alma se sente quentinha, e nem chá de camomila acalma, é nesse quando que me sinto inteira.
E se me sinto alegre, viva, é porque tenho tudo de mim em mim.
Não há algo que desperte, o despertador imita a vida e nada em mim se liga ao tempo, sou imatura e não quero amadurecer nunca, digo não a colheita, prefiro ser fruta madura no pé.
E se há alguém que me colha ou que me morda, que eu possa sentir a alegria de ser saboreada.
Não quero rir, gargalhar, prefiro sorrir com os olhos e me deixar cozinhar por um longo tempo.

Ou, que longo tempo?

Se queres partir, ir embora, me olha de onde estiver, que eu vou te mostrar que eu to pronta. Me colha madura do pé! .Dona Cila - mgadú

1 comentários:

  1. Belo texto Amanda. Realmente não queremos amadurecer nunca, porém é uma dura realidade que nos acompanha pela vida. Imagino como deve ser uma fruta ao ser arrancada do pé sem estar realmente madura para consumo, deve ser um desperdício imensurável. Eu acredito, que se desejamos algo, precisamos esperar o tempo certo para colher, para que desta forma, saciarmos da fruta até o caroço, sem sobra dúvida, devemos ser como uma fruta ao pé, devemos nos conservar e esperar o tempo oportuno para conquistar o mundo, e o seu menina esta chegando. Escreve como gente grande... Um grande abraço, um bom fim de semana... SEJA LUZ... Leandro Senna

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