10 de maio de 2011

Amor de dois

. meia colorida - Amanda Machado


E cismei com essa coisa de amor de dois.
Cisma, por cisma, cismei com esse
que de dois fica um,
esse um e um,
que um mais um, é um
e um menos um, é um.
Esse um que é dois, e não tem como ser cinco, três ou dez.
Só é,
dois e um, um e dois, e dois e um.
Esse amor que não deixa de ser dois
mesmo quando é um
e que é um sempre.
O amor de um que não é dois,
não é um,
nem meio é.
É zero.
O amor,
de dois que tem um, e de um que dá dois
é o mesmo,
de um que tem dois e de dois que dá um.
É linda a arte de dar sempre um
de ser sempre um mesmo quando se é dois.
E de ser dois mesmo quando se quer ser.
Um.
E esse zero que se instala em meu peito,
que ele possa,
ser um, um dia, Dois em Um.

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