. meia colorida - Amanda Machado
Um ano faz toda a diferença. Eu não imaginava que ia estar assim. Há um ano eu não imaginava que uma pessoa que eu jurava levar pela vida toda seria agora mais um desconhecido do que outra coisa, e que alguém que eu achava que nunca saberia que eu existia, seria conversa frequente. Algumas coisas, e algumas pessoas que eu prometi amar, foram para longe, hoje eu já não as consigo tocar.
Seth Cohen* tem toda razão, há um ano eu não imaginava que Marissa estaria tão solitária, já eu, era fácil imaginar. Uma pessoa que tem tendência a neurose e a solidão, não sabe se imaginar ao redor das pessoas por um longo tempo. Uma pessoa neurótica como o Seth não sabe se imaginar feliz, e eu também não sei, e uma pessoa com tantos problemas e uma família totalmente desarranjada não pode querer ser feliz, né Marissa?
Algumas vezes concluimos que a nossa felicidade e o bem estar só dependem de nós mesmos, e é verdade, mas ver os problemas dentro da nossa casa - e ser o problema - afetam a nossa maneira de ver os relacionamentos também, e talvez seja mais fácil, é mais fácil não se engajar em relacionamentos mais sérios. Não é medo, é realmente egoismo, eu não quero me gastar. E ser egoísta pode ser solução para muitas coisas.
Os relacionamentos assim como na televisão não são perfeitos, são cheios de defeitos e de incertezas, isso porque são entre pessoas e pessoas não são perfeitas, e assim como na televisão os relacionamentos acabam, os laços se rompem e promessas passam a ser pouco ou quase nada. As pessoas que vamos levar para a vida toda não existem, mas algumas passam boa parte da vida com você, e isso já é suficiente.
*Talvez eu esteja revendo as temporadas de The O.C.


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